domingo, 2 de agosto de 2009

A separação

Era mais ou menos 4 da tarde. Céu nublado, meio dourado pelo adeus do sol. Elas se olhavam, era uma despedida triste. Ela ia embora, tinha que ir, partir pra outra, repaginar o caderno velho, os amores antigos, o mesmo esquema do "conhecer - paixão - dor". A outra ela queria que ela ficasse, o medo de perder a estremecia, como temos medo de perder o que não é nosso? o que é nosso?. Elas se olhavam, as mãos se acariciavam sinceramente. Nada conseguiam dizer. As lágrimas foram inevitáveis, o coração já se afogava, foi preciso. O último abraço, forte, quente, podia se sentir o mesmo batimento entre dois corpos. Nada queriam dizer. Me parece que naquele silêncio não cabiam palavras. Já estava sentenciado. São nos olhos que encontramos o que realmente precisa ser dito.

- tenho que ir.
- Vá, mas volte logo.


Ela sorriu e partiu.

Um comentário: